Fernando Rocha foi convidado de Júlia Pinheiro, na última terça-feira, na SIC. Além de falar da sua carreira e da vida familiar, o humorista recordou um dos momentos mais difíceis da sua vida: a morte do pai.
“Foi injusto…Foi muito injusto, ele era um lutador e esta doença não lhe deu tempo para ele lutar sequer, foi demais, portanto nem sequer houve uma batalha”, começou por dizer, admitindo depois que ainda não se conseguiu recompor da perda.
“Eu deixei de acreditar em Deus por isso. Então, eu pedi-lhe tanto, nunca lhe pedi nada na vida. Eu nunca pedi nada a Deus, todos os anos ia a Fátima, sabes o que é que ia fazer? Agradecer. Nunca pedi nada, e na altura em que peço, faleceu uma das pessoas mais importantes da minha vida, deixei de acreditar”, confessou.
Fernando Rocha recordou ainda a forma como o pai conseguia ser crítico e como o ajudou do início da sua carreira.
“Nos meus espectáculos, bares, ao início, havia sempre uma mesa reservada para a minha família (…) e o meu pai ia para o balcão para ouvir os comentários das pessoas, nunca dizia que era meu pai”, afirmou.
No fim da conversa, o humorista deixou uma mensagem sobre a sua forma de estar na vida.
“A minha forma de estar na vida é: ‘nunca farei aos outros aquilo que eu não gostava que me fizessem a mim e eu farei pelos outros aquilo que eu gostava que fizessem por mim’. Esta é a minha base e acho que se fizer isto, tudo fica mais fácil”, concluiu.