Em 2018, a remuneração bruta total mensal por trabalhador foi, em média, de 1142 euros, um aumento de 2,9% face a 2017, altura em que este valor se situava nos 1110 euros, revela esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Este valor inclui os subsídios de Natal e de férias. Se retirarmos estes valores, a remuneração regular mensal desde para os 924 euros.
Dados provisórios divulgados pelo INE indicam que no primeiro trimestre de 2019, a remuneração bruta total mensal por trabalhador foi, em média, de 1068 euros, o que corresponde a uma variação face ao trimestre homólogo de 2,5%. Em março desde ano, diz o INE, existiam mais de 3,6 milhões de trabalhadores em Portugal.
Mas em que setor trabalham estas pessoas e quanto recebem mensalmente? As áreas que têm mais trabalhadores em Portugal são as indústrias transformadoras (cerca de 691 mil funcionários) e o comércio por grosso e a retalho e a reparação de veículos automóveis e motociclos (cerca de 638 mil), com, em média, uma remuneração bruta total de 1038 euros e 1031 euros, respetivamente.
Seguem-se os setores das atividades de saúde humana e apoio social (cerca de 318 mil trabalhadores) e as atividades administrativas e dos serviços de apoio (cerca de 312 mil). No primeiro caso, a remuneração mensal ronda os 1017 euros e no segundo os 775 euros.
Outras das áreas com mais trabalhadores são a do alojamento, restauração e similares (287 mil) e a construção (cerca de 264 mil), com remunerações médias de 762 euros e 874 euros, respetivamente.
O INE revela ainda que existem cerca de 173 mil pessoas a desenvolver atividades de consultoria, científica, técnicas e similares (com um ordenado médio mensal de 1292 euros), cerca de 165 mil a trabalhar na área dos transportes e armazenagens (com uma remuneração de 1415 euros), mais de 141 mil na administração pública, defesa e segurança social obrigatória (com um salário de 1131 euros), mais de 134 mil na área de educação (cujo vencimento bruto é de 1117 euros) e ainda cerca de 108 mil a desenvolver atividades de informação e de comunicação (com um ordenado médio de 1798 euros).
Quanto aos setores com menos pessoas, contam-se cerca de 79 mil na área da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (com uma remuneração mensal de 738 euros), cerca de 77 mil nas atividades financeiras e seguros (com os ordenados a rondarem os 2568 euros), mais de 42 mil nas atividades imobiliárias (o salário médio é de 977 euros) e mais de 35 mil no ramo das atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas (cujo vencimento é, em média, de 1165 euros).
No fundo da lista estão os setores de captação, tratamento e distribuição de água, saneamento, gestão de resíduos e despoluição (com 27 mil trabalhadores e um salário médio de 1028 euros), o ramo da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio (mais de 11 mil funcionários e uma remuneração bruta de 2615 euros), as indústrias extrativas (com cerca de oito mil e um ordenado de 1362 euros) e as atividades dos organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais (com pouco mais de 1000 trabalhadores e uma remuneração média de 1735 euros).
O INE inclui ainda uma categoria denominada ‘outras atividades de serviços’, na qual inclui cerca de 83 mil trabalhadores com um vencimento bruto de 921 euros.