Chelsea Manning, a analista militar que divulgou documentos confidenciais do Exército norte-americano, foi libertada da prisão de Alexandria, na Vírginia, Estados Unidos, dois meses depois de ser condenada a dois meses de prisão por desrespeito ao tribunal. Manning recusou-se a testemunhar perante um júri sobre a divulgação de documentos à organização não-governamental Wikileaks, fundada pelo jornalista australiano Julian Assange.
"Hoje marca-se a expiração do mandato do grande júri e, por isso, depois de 62 dias de detenção, Chelsea foi libertada do centro de detenção de Alexandria ao início do dia", pode ler-se num comunicado emitido pelos seus advogados. "Infelizmente, e ainda antes de ser libertada, Chelsea recebeu outra notificação. É por isso possível que seja novamente acusada de desrespeito ao tribunal e usará todos os meios de defesa legal para provar que tem justa causa para se recusar a testemunhar", continua o comunicado.
Todavia, a libertação de Manning pode durar pouco tempo. A antiga analista foi notificada para comparecer perante um outro júri antes de ser libertada. Terá agora de escolher entre continuar a recusar testemunhar e porventura ser novamente detida ou testemunhar.