A Junta de Freguesia de Campolide decidiu pintar duas passadeiras com as cores da bandeira LGBTI. A autarquia pretende ainda pintar mais três passadeiras, no total ficarão cinco com as cores do arco-íris.
A notícia, avançada esta segunda-feira pelo Observador, surge semanas depois da polémica gerada em torno das duas passadeiras na Avenida Almirante Reis, para assinalar o Dia Internacional de Luta contra a Homofobia – que se celebra já esta sexta-feira.
André Couto, presidente da Junta de Freguesia de Campolide, revelou ao mesmo jornal que a passadeira foi pintada pelos serviços da junta “na última noite”. “Acompanhei entre as dez da noite até às três da manhã. É uma medida definitiva, simbólica, na qual a junta de freguesia de Campolide se associa a todos os movimentos LGBT e a todos os movimentos com a mesma causa”, acrescentou.
No caso de Arroios, chegou mesmo a dizer-se que a pintura das passadeiras era ilegal, mas André Couto disse que no caso de Campolide está tudo legal: “Não há nenhuma questão de legalidade em cima da mesa. As passadeiras têm de estar visíveis, nomeadamente nas faixas brancas. Nós implementámos as cores do arco-íris no intervalo. Os regulamentos municipais foram cumpridos”.
No facebook, João Pedro Costa, vereador do PSD na Câmara Municipal de Lisboa, reagiu às passadeiras de Campolide, questionando a legalidade da ação. “A comunidade LGBT merece mais que este folclore e o símbolo da esperança não é para ser pisado”, acrescentou.
Polémica em Arroios
A proposta do CDS de Arroios de pintar passadeiras com a cor do arco-íris, gerou várias críticas e muitas vindas de dentro do partido. Até o CDS, através de uma nota interna assinada pela líder centrista Assunção Cristas e por Diogo Moura – presidente da concelhia do CDS Lisboa – , se viu obrigado a reagir. Nessa nota, o partido diz que não teve conhecimento prévio da proposta aprovada pela Junta de Freguesia.
“Relativamente a uma recomendação, sem caráter vinculativo, apresentada pelos eleitos pelo CDS em Arroios, importa esclarecer que a mesma não vincula o CDS Lisboa nem a Direção Nacional do partido, que de resto não tiveram qualquer conhecimento prévio e muito menos assentiram”, revela a nota.
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