Piloto suspeito de triplo homicídio detido antes de iniciar voo

Calvin e Pamela Phillips e Edward Dansereau são as alegadas vítimas mortais de Christian R. Martin, o piloto comercial e antigo piloto das Força Aérea dos EUA que foi preso, no último sábado, no Aeroporto Internacional Muhammad Ali em Louisville, no Kentucky.

Um dia depois do júri o ter declarado culpado de três homicídios, no último sábado, o piloto da PSA Airlines – subsidiária da American Airlines – foi detido.

Calvin Phillips, de 59 anos, foi abatido a tiro na sua casa em Pembroke, no Kentucky, a 18 de novembro de 2015. Os cadáveres da sua mulher, Pamela, de 58 anos, e do seu vizinho, Dansereau, foram encontrados a alguns quilómetros da rua onde residiam, dentro de um veículo que tinha sido conduzido até uma plantação de milho e consumido por fogo posto.

O procurador-geral do Kentucky, Andy Beshear, afirmou num vídeo que temia “que a justiça nunca chegasse” e que espera que este seja “um exemplo de que nunca se deve parar de procurar a justiça, porque se podem encontrar resultados importantes para as famílias das vítimas”.

“Não, não estou preocupado com isso”. Esta foi a resposta de Martin, o piloto, quando questionado pela WSMV TV, de Nashville, se acredita que seria condenado pelos homicídios. A verdade é que Martin se mudou para a Carolina do Norte pouco tempo depois destas mortes terem ocorrido.

Os assassinatos foram cometidos dias depois de Martin enfrentar um júri por uma acusação de agressão consumada a uma criança com menos de dezasseis anos, na altura seu enteado, de acordo com registos militares. O antigo piloto acabou por ser condenado por ter agredido o enteado: “colocou as mãos em redor do pescoço dele, levantou-o do chão e apertou-o até a vítima se sentir mole e entorpecida” pode ler-se em registos das autoridades citados pela ABC News.

De acordo com o mesmo site, Calvin Phillips, uma das vítimas, testemunharia contra Martin, mas Tucker Richardson, advogado de defesa de Martin, avançou que “eram bons amigos” e que Phillips seria “a testemunha-estrela na defesa do piloto”.

Martin foi acusado de três homicídios, de um incêndio premeditado, de uma tentativa de incêndio de cariz criminoso, de um roubo e de três tentativas de adulteração de provas físicas. Foi ainda demitido das suas funções e colocado em prisão preventiva por 90 dias.