Depois de uma manifestação que juntou mais de 1.6 milhões de estudantes, em março, por todo o mundo, uma greve climática estudantil encontra-se marcada para dia 24 de Maio. Pelo menos 111 países vão manifestar-se a favor do clima, incluindo Portugal.
Apesar de o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes defender que esta é a “luta mais justa” de todas, em declarações à agência Lusa, os diretores escolares já avisaram que as faltas não serão justificadas e que as escolas vão continuar a funcionar normalmente.
”As atividades já estão programadas há muito tempo e estamos a chegar ao final do ano letivo. Claro que se muitos alunos faltarem a um teste a escola tem autonomia para tomar medidas e, eventualmente, poderá decidir por repetir a prova. Mas, neste momento, não está nada decidido nesse sentido", explicou Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, citando o jornal Público.
"As escolas terão um dia normal de aulas e as faltas não serão justificadas até porque nem sequer sabemos onde estão realmente os alunos que não compareçam às aulas", declarou Filinto Lima, da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.
Os jovens pretendem exigir a responsabilidade do governo pela situação que o clima enfrenta atualmente e obter uma mudança de atitude da população. Em Portugal existem mais de 30 regiões que já se encontram em preparação para as manifestações de sexta-feira como Aveiro, Alcácer do Sal, Coimbra, Lisboa, Porto e Setúbal.
Esta manifestação não vai contar apenas com jovens estudantes mas também com os pais e avós que criaram o movimento Parents for Future, para também protestar contra o governo e lutar pelas gerações futuras.