Luís Xavier, de 50 anos, matou a mãe, de 86 anos, no Pinhal Novo, apertando-lhe o pescoço e agredindo-a com pontapés na cabeça. O caso remonta a abril de 2018 e começou a ser julgado esta terça-feira em Setúbal.
O homem confessou o homicídio, justificando o crime com o facto de a idosa se ter recusado a rezar com ele. Pouco depois, quando Albertina Xavier foi forçada a fazê-lo terá trocado os versos da oração do Pai-Nosso, segundo o Jornal de Notícias.
Luís Xavier explicou que queria que a mãe rezasse consigo porque deu murros no pão, para que este coubesse no orifício da torradeira. Um gesto, que na sua opinião, era anti-católico, pois o pão representa o corpo de Cristo.
O arguido admitiu que pontapeou a cabeça da mãe e que lhe apertou o pescoço. Além disso, reconheceu que espetou uma caneta no pescoço da idosa, já morta, e uma outra num dos olhos. O filho alega que via maldade na mãe.
Apesar de ter confessado o crime violento, o arguido disse que a mãe era a sua melhor amiga, e que estava fora de si na altura do homicídio.
Luís Xavier justificou o seu comportamento com um episódio de transtorno psicológico de ansiedade. Já a sua defesa quer provar que se tratou de uma crise de esquizofrenia.
O cunhado do arguido, que terá encontrado o corpo da idosa, acredita, segundo o Jornal de Notícias, que o que levou Luís Xavier a matar mãe “teve de ser algo psicológico extremamente profundo”.