Um indivíduo que alegadamente abordava pessoas com a justificação de que era funcionário de uma junta de freguesia e diligenciaria a emissão de um cartão de saúde que lhes permitiria obter medicamentos de forma gratuita, após a realização de um pagamento, foi detido na terça-feira.
Apresentado ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, o arguido recebia as quantias entregues pelas vítimas e não lhes entregava os cartões prometidos. Está indiciado pela prática de três crimes de burla qualificada. No âmbito deste inquérito, o homem já tinha sido sujeito a um primeiro interrogatório, em março, mas não cumpriu a medida de obrigação de apresentação diária.
O suposto burlão já tinha sido condenado, há onze anos, em cúmulo jurídico, a sete anos de prisão por factos idênticos. Esta semana, foi-lhe aplicada a medida de coação de prisão preventiva por se “verificar o perigo de continuação da atividade criminosa e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas”, como se pode ler no site oficial da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.
A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público com o auxílio da Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Loures.