A quantidade média de espermatozoides está a diminuir e a quantidade de substâncias químicas existentes no meio ambiente pode ser a causa, como mostra um estudo da Universidade de Nottingham, no Reino Unido.
Nos últimos 50 anos, a contagem de espermatozoides diminuiu para metade, como revelam pesquisas. A causa desta diminuição pode ser a quantidade de substâncias químicas que existem no ambiente, como demonstra um estudo da Universidade de Nottingham, no Reino Unido.
Dietil-hexilftalato (DEHP) e Bifenilo policlorado 153 (PCB153) são os nomes das substâncias culpadas por esta redução de qualidade e quantidade de espermatozoides. As substâncias encontram-se em plásticos e equipamentos elétricos antigos.
Testado em 11 cães e nove homens, este estudo verificou que as substâncias presentes nos plásticos provocam a diminuição da quantidade de espermatozoides e a fragmentação do seu ADN, segundo o The Guardian. A amostra do estudo não é representativa, porém, como Richard Lea, professor de biologia reprodutiva da Universidade de Nottingham, afirma, é necessário ser cauteloso em relação a estes números por serem bastante reduzidos, porém, os “dados aumentam o peso da evidência de que os produtos químicos no ambiente doméstico degradam o espermatozoide".
Durante os anos 70, as empresas deixaram de produzir bifenilos policlorados (PCBs) pois havia a indicação de que poderiam provocar diversos riscos para a saúde, como aumentar o risco de cancro, perturbações hormonais e danos no fígado. Apesar de já não serem utilizados, estes persistem no meio ambiente, como indica o mesmo jornal.
Apesar de terem sido estudadas duas substâncias, Richard Lea lança o aviso de que poderão existir muitas mais substâncias prejudiciais à nossa saúde, pois “vivemos numa imensidão de poluentes”.