A justiça brasileira fez saber, esta segunda-feira, que Adélio Bispo de Oliveira, o homem que esfaqueou Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018, não poderá ser condenado a cumprir pena numa prisão por ter sido declarado inimputável.
No caso de ser condenado, o arguido terá de permanecer numa unidade psiquiátrica judiciária.
O juiz federal Bruno Savino, da 3ª vara da justiça em Juiz de Fora, disse que o tribunal considera que Adélio sofre de Transtorno Delirante Persistente e que portanto é inimputável.
O primeiro exame havia sido requerido pelos advogados de defesa de Adélio em outubro e os resultados indicaram um transtorno grave. Mas só a segunda fase de exames, realizada em dezembro e janeiro por peritos, confirmou o transtorno.
Muito se especulou sobre o envolvimento de “terceiros” no atentado sofrido pelo, na altura, candidato à presidência Bolsonaro e no financiamento dos honorários dos quatro advogados de defesa.
O criminalista Zanone Manuel de Oliveira Júnior, coordenador da defesa de Adélio, chegou a afirmar que um desconhecido o tinha procurado e contratado os seus serviços. “Aquela pessoa apresentou-se como um conhecido de Adélio Bispo da cidade de Montes Claros”, disse o advogado.
Em caso de condenação na ação penal, o acusado será transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande, onde atualmente se encontra à espera do julgamento.