A Malásia, destino turístico para milhares de pessoas, tornou-se igualmente no destino do lixo plástico de grande parte dos países ricos. Isto porque, em 2018, foi proibida a importação de lixo plástico para a China, passando a Malásia a ser o principal recetor a nível mundial deste ripo de resíduos.
Atualmente, são milhões de toneladas de lixo transportadas para este país, causando a contaminação das águas do mesmo. "Esses contentores foram ilegalmente trazidos para o país sob falsas declarações e outras ofensas que claramente violam a nossa lei ambiental", afirmou o ministro do ambiente da Malásia, Yeo Bee Yin, citado pela agência de notícias Reuters.
Desta forma, vão ser devolvidos 60 contentores de lixo plástico, como anunciou, esta terça-feira, o ministério do ambiente da Malásia. Países como os EUA, o Japão ou a França receberão o seu lixo de volta. Assim como a Espanha, que já recebeu cinco contentores de resíduos contaminados. Até ao momento, são 14 os países identificados pelas autoridades do país como responsáveis pela origem dos resíduos.
"Se enviarem [lixo] para a Malásia, iremos devolver sem piedade", afirma Yeo Bee Yin, lembrando que, apenas nos últimos dois anos, uma única empresa de reciclagem, com base na Grã-Bretanha, exportou 50 mil toneladas de resíduos para o país.
Este plástico, que é inadequando para reciclagem, é queimado, o que faz com que substâncias químicas tóxicas sejam libertadas para atmosfera. Outras vezes acaba por contaminar a água e os solos.
Também as Filipinas seguem o exemplo da Malásia – 69 contentores de lixo vão ser enviados de volta para o Canadá. Esta ordem partiu de Rodrigo Duterte, atual presidente das Filipinas. Duterte ordenou que o governo contratasse uma empresa de navegação privada de forma a enviar os contentores e deixá-los nas águas do país, caso o mesmo se recuse a receber o seu próprio lixo.