Há pelo menos 11 mortes recentes de alpinistas – em apenas nove dias – causadas por avalanches, um fenómeno cada vez mais frequente devido à sobrelotação do Evereste, especialmente desde março, quando se tornou possível subir até ao topo da montanha no Nepal.
O excesso de pessoas no local e o impacto que essa sobrelotação tem na montanha é um dos focos do momento entre a comunidade de alpinistas.
"Não acredito no que vi lá em cima. Morte. Caos. Filas. Corpos pelo caminho e em tendas, no campo quatro. As pessoas que tentaram voltar para trás acabaram por morrer. Pessoas a serem arrastadas. Pessoas a caminhar sobre cadáveres", descreveu uma realizadora britânica que esteve no local.
Elia Saikaly publicou nas redes sociais uma imagem chocante, entretanto já apagada, na qual se podia ver uma fila apertada de alpinistas, presos a uma corda, a passar alo lado do que parecia ser uma pessoa inerte caída numa encosta.
Em 2019, 66 anos depois de Tenzing Norgay e Edmund Hillary terem alcançado o topo mais alto do mundo pela primeira vez na história, estima-se que cerca de 600 pessoas tenham subido à montanha.
Desde 2015 que o Evereste não registava um nível de mortalidade tão grande.