Michel Platini, antigo presidente da UEFA, reapareceu em pleno ataque à FIFA e ao seu presidente Gianni Infatino. À beira da Torre Eiffel reuniu-se com um grupo de jornalistas europeus, à margem do Congesso da FIFA que decorre na capital francesa, e traçou os seus planos para o futuro próximo que passa por avançar com processos contra desconhecidos por crimes que entram pelo campo da Associação Criminosa.
Quando interrogado sobre as responsabilidades de Infantino no caso que começou em Blatter e conduziu à sua suspensão como presidente da UEFA, não teve dúvidas: «Fui acusado e afastado da UEFA porque não me queriam como presidente da FIFA e eu preparava-me para a candidatura à presidência da FIFA. A FIFA abriu-me um inquérito e a Justiça suíça foi por aí fora, obrigando à minha suspensão. É tudo uma grande família… Sim uma grande família que envolve jornalistas de muitos países. Se Infantino queria que eu fosse banido? Que posso dizer. Foi meu secretário-geral na UEFA. Depois de eu ser suspenso, veio com Angel Villar dizer-me que seria candidato à FIFA. Disse-lhe que não era credível. Porquê? Porque não é ninguém no futebol e ninguém o conhecia. Foi um secretário-geral e nada mais. Se depois deste tempo mudei de ideias? Não. Não é um presidente credível? Que fez ele até agora? Dizia o pior da FIFA e de todos os que lá trabalhavam. Vomitava sobre a FIFA! E a que propósito quis o cargo? Se me traiu. Não vou dizer isso. Depois de tudo o que fiz por ele e pela vida dele seria muito mau que ele fizesse algo contra mim. Terrível, mesmo. Mas não pode ser presidente da FIFA. Não tem credibilidade! Quando o vi pela última vez? Quando foi eleito. Aproximou-se e estendeu-me a mão. E eu perguntei: "queres apertar-me a mão?" Acho que trocámos um cumprimento. Acho. A partir de Outubro estarei livre da suspensão que me impediu durante quase quatro anos de trabalhar no futebol. Se vou voltar? Não faço ideia. Não sei se vou voltar. Ou então a FIFA tomará a decisão de impedir para sempre todos os aqueles que foram banidos uma vez de regressarem ao futebol. Não ficaria admirado. Quero mesmo é ficar limpo! Que isto acabe. Depois logo verei o que vou fazer. Certo é que irei, agora, avançar com os meus processos. Porque quero saber quem inventou esta cabala. Que criou este complot contra mim. Isso é incontornável!».
Infantino «vomitava na FIFA e nas pessoas que lá trabalhavam», diz Platini.