Erika Murray, de 35 anos, é acusada da morte de dois bebés após os cadáveres terem sido encontrados debaixo de lixo, em 2014. Quatro crianças sobreviventes, com idades compreendidas entre os cinco e os 13 anos, foram retiradas da habitação. Sublinhe-se que um feto foi encontrado dentro de um armário.
A casa, infestada de ratazanas e, segundo uma vizinha, Betsy Brown, citada pelo Mirror “com comida podre, fraldas sujas e larvas por todo o lado” situa-se em Massachusetts, nos EUA. A mulher explicou ainda que se deparou com “um ambiente escuro, muito quente” e com o pior cheiro que alguma vez havia sentido quando visitou Murray.
Brown adiantou ainda que contactou as autoridades em 2014 quando, um dos meninos, com apenas 10 anos, pediu-lhe ajuda para que o irmão bebé “parasse de chorar”. Acrescentou ainda que, numa ocasião, visitou a família e teve de retirar “fezes das caras dos menores”.
De acordo com uma equipa de limpeza que testemunhou em tribunal, foram necessárias 90 horas para que a casa ficasse minimamente higienizada. Segundo o Mirror, um bebé de seis meses foi salvo mas estava com uma “sensibilidade extrema à luz solar” e coberto de fezes. Já uma criança de três anos, “ainda não conseguia andar e somente balbuciava”.
Para o advogado de defesa da alegada homicida, Keith Halpern, “não há evidência de que um crime tenha sido cometido”. Para Halpern, os distúrbios psicológicos de Murray contribuíram para os acontecimentos. Relativamente às mortes dos filhos, o advogado salienta que a mulher não contactou as autoridades porque “entrou em pânico”.
Porém, para o procurador Christopher Hodgens, Murray criava “dois mundos diferentes para os filhos: um das coisas desejáveis e outro das indesejáveis”. O caso está a ser avaliado por um juiz após a mulher ter dispensado o seu direito a ter um júri durante o julgamento.