Mehrnaz Didgar, de 51 anos, é uma reputada neurocirurgia da cidade de Leuven, na Bélgica. No entanto, está acusada de ter matado a filha de 14 anos, Eline, que sofria de cancro, ao sufocá-la com um saco de plástico.
De acordo com o júri belga, Didgar “matou a filha em circunstâncias específicas”. Para o juiz Peter Hartoch, citado pelo Daily Mail, este foi “o julgamento mais difícil” da sua carreira, porém, acredita que houve razões para ser compreensivo como o registo criminal imaculado da mulher e o arrependimento demonstrado. Contudo, os procuradores que analisaram o caso recomendaram que Didgar seja presa durante 26 anos. Por outro lado, o seu advogado, Jef Vermassen, afirmou que a médica “cometeu um homicídio por amor”.
Eline foi diagnosticada com cancro na tiroide aos sete anos, sendo que a doença progrediu ao longo do tempo. Segundo o mesmo órgão de comunicação inglês, a adolescente e a mãe “estavam muito deprimidas” e Didgar acabou por drogar a menina com medicamentos que roubou no hospital da Universidade de Leuven, onde trabalhava. De seguida, colocou um saco de plástico na cara de Eline “durante 15 minutos, até ela morrer”.
Depois de cometer o crime, Didgar telefonou a um amigo e confessou aquilo que havia feito. O homem contactou as autoridades e a neurocirurgiã fugiu de casa no seu carro, conduzindo até uma ponte porque, supostamente, se queria matar. Em julgamento, Didgar explicou que a filha “confessou que desejava morrer múltiplas vezes” e que “não queria casar nem ter filhos”.
Mas, segundo Steven Pans, o pai da adolescente, a filha estava “a lidar cada vez melhor com a doença” e “nunca mostrou vontade de morrer, mesmo quando estava numa fase de maior sofrimento”.
A médica foi condenada a cinco anos de pena suspensa e foi obrigada a procurar acompanhamento psicológico.