Na sequência do que escrevemos na semana passada sobre o ‘novo’ hospital das Forças Armadas (HFAR), temos boas notícias acerca do pagamento do défice do Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA), o que muito poderá ajudar aquele hospital.
Esperamos ainda que, de uma vez por todas, se resolva a situação da assistência na doença aos militares (ADM), passando-a em definitivo para a secretaria-geral do Ministério da Defesa – onde sempre deveria ter estado -, ficando diretamente dependente da tutela política.
Sobre a chefia/direção do HFAR, não nos eximimos a referir que ela é, no momento, de todo insuficiente.
Li recentemente uma declaração de uma notável feminista sentenciando que «só haverá verdadeira igualdade de género quando aparecerem mulheres incompetentes na administração de empresas».
No caso do HFAR, é por demais evidente que já lá chegámos!
Na ânsia (e na competição) inter-ramos das Forças Armadas para se encontrar a primeira mulher general, deu-se um ‘tiro no pé’!
Não se trata de uma questão pessoal, nem de um preconceito, pois fomos daqueles que, ativa e convictamente, participaram no processo de admissão de mulheres nas Forças Armadas. Mas não podemos deixar de constatar a evidente má escolha: por razões de competência-técnico profissional, preparação insuficiente e experiência limitada e demasiado focada.
Poderíamos apontar outras circunstâncias que aconselham a que a própria, se possível, faça uma rápida e consciente reflexão — e retire daí as devidas consequências.
Assim não se vai lá!
Ao diretor de um hospital exige-se que exerça as suas funções com presença permanente e atuante (no seu estrito domínio, o que já não é despiciendo nem pouco), mas também que esteja envolvido num compromisso, numa entrega total e consciente, que seja capaz de ‘unir’ e resista a ‘dividir’, suportado por uma Carta de Missão clara — sendo que esta, tal como a lei determina para estes cargos/funções, deve definir sem tibiezas a missão, os objetivos a atingir, o cronograma de ação e a avaliação de resultados.
Para terminar, ainda quanto às instalações no espaço do HFAR, quando será que a Força Aérea retira em definitivo o que ainda ali resta, transferindo-o para a área Monsanto/Alfragide, proporcionando coerência e economia ao hospital e ao próprio ramo?
Aqui, em Nome da Verdade e do interesse coletivo, se da mudança da Base Aérea do Montijo ‘crescerem’ alguns euros, algo devia ser feito… e depressa.
Esperamos, acreditando.
*Major-General Reformado