Tim Jones, de 37 anos, matou os cinco filhos em agosto de 2014. Merah, de 8 anos, Elias de 7, Nahtahn de 6, Gabriel de 2 e Abigail Elaine de 1 perderam a vida na casa da família em Red Bank, no condado de Lexington, na Carolina do Sul.
De acordo com o Greenville News, Jones obrigou Nahtahn a realizar exercícios físicos rigorosos como castigo. Quando percebeu que o menino tinha morrido “por acidente”, julgou que a única hipótese seria “matar as outras crianças”, sendo que sufocou cada uma delas enquanto dormiam. Sublinhe-se que a escolha do método de homicídio mostra premeditação, pois Gabriel e Abigail foram sufocados com um cinto porque “as mãos do pai eram demasiado grandes para segurar os seus pescoços”.
As autópsias realizadas aos cadáveres dos menores confirmam que morreram por asfixia, no entanto, a autópsia de Nahtahn foi inconclusiva. O procurador Rick Hubbard avançou que o homem estava “especialmente zangado” com o menino de seis anos porque, após a separação dos pais, este pedia para ir viver com a mãe. Nessa noite, a criança também tinha estragado tomadas elétricas da casa, outro dos motivos que contribuíram para a revolta de Jones.
Os advogados de defesa do homicida alegaram que “é inocente por razões de insanidade”, contudo, o júri rejeitou esta tese e, na última quinta-feira, demorou apenas uma hora e 50 minutos a decidir o veredicto: morrer na cadeira elétrica. Porém, é provável que passem anos até que a sentença seja levada a cabo, porque só no Estado da Carolina do Sul estão outros 37 homicidas no corredor da morte – sendo que todos estes estão acusados de dois homicídios, enquanto o engenheiro de software colocou fim à vida dos cinco filhos.
Depois de matar os filhos, Jones envolveu os cadáveres das crianças em plástico e colocou-no dentro do seu carro, tendo conduzido durante nove dias, até abandonar os corpos numa área rural no Alabama.
Ficou provado que Jones tentava manipular as crianças com frases bíblicas afirmando, por exemplo, que só podiam amá-lo, que não seriam partilhados com ninguém e que sentiriam a sua raiva caso não lhe demonstrassem “total devoção”. A defesa tentou jusitificar a situação, dizendo que o homem era "produto do crescimento numa família disfuncional” e que “estava geneticamente predisposto a sofrer de distúrbios psicológicos graves”.
Amber Kyzer, ex-mulher do homicida e mãe das vítimas mortais, surpreendeu todos ao pedir que não fosse aplicada a pena de morte para o homem que matou os seus cinco filhos. “Mesmo para quem cometeu um crime tão horrível, a vida na prisão seria um melhor castigo do que que a morte”, adirmou, pedindo que o antigo companheiro “seja poupado à cadeira elétrica”. O casal conheceu-se em 2004, quando trabalhava num parque infantil de Chicago. Cinco filhos depois, Kyzer decidiu terminar o relacionamento porque o marido defendia que “as mulheres devem ser vistas e não ouvidas”.