O coordenador da unidade de Cuidados Intensivos Médico-Cirúrgicos do Departamento do Tórax no Hospital Pulido Valente, Filipe Froes, escreveu à diretora do Departamento a manifestar preocupação com o impacto na qualidade assistencial e na segurança dos doentes internados, depois de os médicos daquela unidade de saúde terem sido surpreendidos com a falta de anestesistas na escala deste fim de semana.
No documento, citado pela Agência Lusa, o médico recorda que o Hospital Pulido Valente é o maior centro do país de cirurgia torácica, oncologia pneumológica e insuficiência respiratória. "A unidade de Cuidados Intensivos do Departamento do Tórax teve conhecimento informal de que não existe escala de presença física de anestesia no Hospital Pulido Valente para o presente fim de semana. A equipa de anestesia é responsável pela equipa de reanimação no hospital e assume funções críticas no âmbito da cirurgia de urgência/emergência. Há funções que não são possíveis de assegurar em regime de prevenção e sem a presença física dos profissionais, sobretudo porque não foi assegurada uma alternativa que não comprometesse a vida dos doentes", frisa Filipe Froes, salientando ainda que o Pulido Valente é um "Hospital Central e universitário — integrado no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN)".
Entretanto, o Sindicato Independente dos Médicos já reagiu, garantindo que irá exigir "esclarecimentos urgentes" à administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte sobre a falta de anestesistas na escala deste fim de semana no Hospital Pulido Valente.