Faz esta segunda-feira sete dias que grande parte da população que reside na Etiópia não consegue aceder à Internet e ninguém sabe o porquê. Redes sociais como o Whatsapp e o Telegram têm o acesso restritos desde o dia 11 de junho, de acordo com o serviço de monitoramento de internet Netblocks. Também os serviços de mensagens de texto foram desativados desde a última quinta-feira.
Na capital, Adis Abeba, donos de empresas e jornalistas disseram à CNN na segunda-feira que são obrigados a usar uma rede virtual privada para se ligarem à internet e aceder às plataformas. O operador de turismo Serak Tadele disse ao mesmo órgão de comunicação que a falta de internet tem impossibilitado grande parte do seu trabalho, que envolve reservar planos de viagem para os seus clientes.
A população acredita que as restrições à Internet são uma tentativa de evitar que os alunos do último ano do ensino secundário utilizem as informações disponíveis online para fazer batota nos exames.
Algumas das ligações foram parcialmente restauradas em diferentes momentos da semana passada, mas muitas pessoas continuam a não conseguir estar online a maior parte do tempo. Também os serviços de mensagens de texto foram desativados desde a última quinta-feira.
Cherer Aklilu, diretor executivo da Ethio Telecom, a única fornecedora de telecomunicações do país, disse à CNN que não iria comentar o assunto. "Não há declaração oficial do nosso lado", disse.