A paragem do motor da aeronave que aterrou de emergência na A12, no dia 12 de junho, ficou a dever-se a falha de combustível, em quantidade "marginal" para a viagem.
"A falha no fornecimento de combustível ao motor esteve na origem da paragem do mesmo", concluiu-se na investigação do acidente, levada a cabo pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
De acordo com o relatório, a que agência Lusa teve acesso, o incidente com o ultraleve 'Flyer Pelican 500BR', que provocou danos em três viaturas e ferimentos ligeiros no passageiro da aeronave, ficou também a dever-se à "falta de experiência do piloto", além de o facto de a "quantidade de combustível a bordo, que embora suficiente para a viagem, era marginal".
O gabinete considerou ainda relevante para a falha: as lacunas na descrição dos sistemas e limitações nos manuais de montagem, manutenção e operação, bem como as "técnicas de pilotagem aplicadas em voo cruzeiro na condição de vento cruzado" neste modelo, cita a agência Lusa.
Para o GPIAAF, o acidente "coloca em evidência que o conhecimento cabal e completo dos sistemas das aeronaves monopiloto por parte dos pilotos é essencial para prevenir condições inseguras".
A aeronave levantou na manhã de 10 de junho do aeródromo da Tojeira, no concelho de Sintra, e tinha como destino a Vendas Novas. Antes da viagem o aparelho foi abastecido com 20 litros de gasolina, perfazendo 55 litros estimados "e não visualmente confirmados", segundo cálculos declarados pelo piloto.