Renee MacRae está desaparecida há 43 anos. A mulher que, em 1976, tinha 36 anos, e o seu filho Andrew, de três, nunca mais foram vistos. Naturais de Inverness, na Escócia, constituem o caso de desaparecimento que é investigado há mais tempo no Reino Unido. Até hoje, nenhum indivíduo foi acusado do seu homicídio.
MacRae estava divorciada e, para além de Andrew, tinha outro filho, Gordon de 9 anos. No dia 12 de novembro de 1976, saiu de casa, em Cradlehall, com as crianças e deixou o menino mais velho com o ex-marido, conduzindo posteriormente em direção a Kilmarnock para ir visitar a irmã. Na mesma noite, a aproximadamente 19km de distância, um maquinista alegou ter visto o BMW da mulher a arder num parque relativamente isolado. As autoridades dirigiram-se ao local e o único vestígio que encontraram foi um tapete, presente no veículo, com sangue que correspondia ao grupo sanguíneo de MacRae.
As autoridades escocesas concluíram que mãe e filho tinham sido assassinados e que o criminoso havia ocultado os cadáveres de forma cuidadosa. Contudo, a investigação não ficou por aí e, aparentemente, a vida de MacRae era atribulada: em 1971, cinco anos antes do desaparecimento, começou a ter um caso com Bill MacDowell enquanto estava casada, sendo que o amante trabalhava para o seu marido como secretário e contabilista. Andrew era, na verdade, filho biológico de MacDowell e este prometeu uma vida estável a MacRae, que descobriu que tudo não passava de uma grande mentira.
No mês passado, ossos cuja identidade ainda não foi revelada e resquícios de um carrinho – igual àquele onde MacRae transportava Andrew – foram encontrados após o esvaziamento de Leanach Quarry, uma pedreira de cerca de 30 metros de profundidade, em Culloden. Os restos do carrinho foram encontrados após mais de um milhão de litros de água terem sido bombeados para que a investigação decorresse de forma melhor.
Sublinhe-se que a polícia já tinha reexaminado o caso em 2004, tinha sido nomeado um suspeito mas foi decidido que não existiam provas suficientes para haver uma acusação. O inspetor Brian Geddes da Police Scotland, citado pelo Inverness Courier, explicou que “vários itens foram encontrados, muitos dos quais justificaram pesquisas e exames adicionais”.
Até ao momento, segundo o The Scotsman, foram descobertos cadáveres de animais, pás e destroços de carros para além dos restos do carrinho da criança que hoje teria 46 anos. Estão envolvidos 16 operacionais na investigação, desde bombeiros até oficiais da Scottish Environmental Protection Agency.