Com tantas ofertas públicas de subscrição de obrigações de empresas privadas – a Benfica SAD, com uma taxa de juro bruta de 3,75%, a TAP, que oferece 4,375%, e a SIC, com uma taxa de 4,5% – não se precipite: é necessário ter cuidado para não se expor demasiado.
“O risco é elevado e muito superior ao dos depósitos a prazo, que além da promessa de pagamento do banco estão abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos e podem ser reembolsados a qualquer momento sem perda de capital. Ao invés, estas obrigações dependem apenas da capacidade de pagamento dos emitentes, e caso queira recuperar o capital, terá de tentar vender num mercado que é pouco líquido”, explica a revista Proteste.
A publicação fala também na falta de solidez das empresas e no problema da seleção adversa: “as empresas a quem os investidores institucionais, mais sofisticados, exigem taxas mais altas, são as que têm maior incentivo para se financiarem junto dos pequenos investidores no retalho, com “fome” de juros e menos conhecimentos técnicos”.
A Proteste diz que vale a pena arriscar neste tipo de investimentos caso o rendimento jusitifique o risco e desde que este tenha um peso reduzido (não mais que 5%).
No caso da Benfica SAD, as obrigações já constituem a maior parte da dívida financeira; Esta semana, a TAP foi buscar ao mercado quatro vezes mais do do objetivo inicial, chegando aos 200 milhões de euros; Quanto à SIC, as perspetivas são tão positivas que o canal de Paço de Arcos aumentou a sua oferta inicial de 30 para 51 milhões de euros.