Lucy McHugh, de 13 anos, foi encontrada morta a aproximadamente 15 metros do centro desportivo de Southampton, no Reino Unido, a 26 de julho do ano passado. O cadáver da rapariga foi descoberto por Russell Morrell, que estava a passear o seu cão, durante a manhã, quando se deparou com o trágico cenário. No entanto, às autoridades britânicas, citadas pelo The Guardian, o homem avançou que, no local, “a quantidade de sangue que se podia ver era equivalente àquela que perdemos quando sangramos do nariz” e afirmou que “a menina parecia estar a dormir”.
“Mantenha a cabeça erguida e o positivismo” esta foi a mensagem que Stacey White, de 31 anos, recebeu da parte de Stephen Nicholson, de 25, o agressor. “Espero que a encontrem sã e salva. A polícia sabe o que está a fazer e vão encontrá-la brevemente” acrescentou ainda o jovem que trabalhava como cuidador de crianças e idosos e era inquilino da mãe da vítima e do padrasto desta, Richard Elmes.
Ficou provado que Nicholson nutria interesse por menores e, convivendo diariamente com McHugh, desenvolveu uma relação de cariz sexual com a mesma durante um ano. De acordo com os procuradores do tribunal de Winchester, no verão de 2018, esta confessou-lhe estar grávida e o abusador não aceitou a notícia, esfaqueando-a e abandonando-a num bosque.
Através das imagens de câmaras de vigilância de variados locais e de registos de conversas do Messenger, foi possível acompanhar as últimas horas que Lucy passou com o agressor. Mais de 11 mil horas de gravação, de 211 câmeras, mostram que pouco tempo antes de matar Lucy, Nicholson foi até a um supermercado Tesco comprar bebidas alcoólicas e cigarros. Por outro lado, relativamente ao facto de Lucy ter exigido encontrar-se com aquele que viria a ser, supostamente, o seu assassino por estar grávida, o jovem justificou essa afirmação da adolescente com o suposto facto desta “estar obcecada” por ele.
Em tribunal, a acusação adiantou que, no telemóvel de Nicholson, foram encontrados registos da pesquisa do “tempo certo para fazer uma fogueira” o que é associado à destruição dos ténis que usava quando matou Lucy. Para além disso, horas após o desaparecimento da menor, o também tatuador comprou um telemóvel novo e escondeu aquele que tinha usado para comunicar com a vítima.
A avó de Lucy, Dawn White, admitiu que a menina viveu consigo durante seis meses pois ocorriam “discussões acesas” entre ela e Nicholson. Os restantes familiares disseram acreditar que Lucy desenvolveu um amor platónico pelo homem e que a alertavam para os perigos de uma eventual aproximação, sendo que não sabiam, ao certo, aquilo que o 'par' fazia.
Nicholson está acusado de três crimes de violação e dois de atividade sexual com crianças, pois também se envolveu com uma rapariga de 14 anos em 2012.