A moradora do Prédio Coutinho que se encontrava internada há alguns dias no Hospital de Viana do Castelo faleceu ao princípio da tarde desta segunda-feira, no Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo.
Segundo as suas últimas declarações registadas pelo Sol e pelo i, Amália de Castro, de 87 anos, queixava-se de “estar a morrer”, lamentando ainda que “podia estar na companhia dos meus filhos”, ao mesmo tempo que apelava para “lembrarem este momento”, para “que fique na história as vergonhas desta cidade” de Viana do Castelo, capital do Alto Minho, concluindo aos seus familiares para que “rezai por mim, fiquem com a minha lembrança”.
Maria Amália Meira de Castro completaria 88 anos de idade no dia 19 de julho, tinha origens familiares na freguesia de Afife, em Viana do Castelo, terra natal de Pedro Homem de Melo, o poeta que se eternizou, entre outros feitos, como letrista da maior fadista de sempre, Amália Rodrigues.
O seu marido, Agostinho Correia, tinha visitado nas últimas horas a mulher, depois do presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, o socialista José Maria Costa, ter aberto uma exceção, em face do precário estado de saúde, para que fosse possível o agora viúvo, de 88 anos, sair de casa sem ser depois impedido de entrar e ver a sua fechadura cortada, o que consumaria o despejo, contestado por vários moradores do Prédio Coutinho, que viram igualmente esta segunda-feira o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga aceitar a providência cautelar, que deverá decidir já a partir da próxima semana, depois da ré, VianaPolis, detida a 40 por cento pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, responder aos advogados dos residentes.