Ao mesmo tempo, os inspetores da PJ de Braga tentam identificar um quarto homem, que lhes terá deixado mais álcool do que aquele que as vítimas haviam comprado, dentro de um supermercado da zona, admitindo-se que na bebida estivesse adicionado um produto, eventualmente álcool metílico, que terá desencadeado a morte quase imediata de um dos três homens, conhecidos por sem-abrigo, que se dedicavam ainda a arrumar automóveis.
João Paulo Silva, com 43 anos, que morreu logo no local, o Jardim da Praça do Conde de Agrolongo (Campo da Vinha), no centro da cidade de Braga, era já referenciado pela PSP de Braga por no início deste ano de 2019 ter intensificado uma série de pequenas burlas, consistindo em comer bem e beber melhor, declarando no fim não ter dinheiro para pagar.
Nos últimos tempos, João Paulo Silva pernoitava no Centro de Acolhimento Francisco Alvim, da Delegação de Braga Cruz Vermelha Portuguesa, em Nogueira, dedicando-se a consumir bebidas alcoólicas durante o dia, na companhia de outros utentes da instituição, dois dos quais, que igualmente beberam a mesma bebida alcoólica, encontram-se desde o final da tarde de quarta-feira em estado muito crítico, na Urgência do Hospital de Braga.
O cadáver de João Paulo Silva foi removido pelos Bombeiros Sapadores de Braga para o Gabinete Médico-Legal do Cávado, em Braga, onde esta quinta-feira será autopsiado com a participação de inspetores da Brigada de Homicídios da Polícia Judiciaria de Braga, que pretendem conhecer a fundo a causa direta e necessária da morte, bem como o processo metabólico que conduziu ao falecimento, para se enquadrar essa com outras informações, sobre a tragédia num banco de jardim do Campo da Vinha, onde decorridas algumas horas do passamento, eram ainda bem visíveis os vestígios dos vómitos que não evitaram o pior.
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