A cerimónia dos 152 anos da PSP, esta sexta-feira em Lisboa, ficou marcada pela contestação dos polícias que fazem parte do Movimento Zero.
Quando o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, estava a discursar, os polícias assobiaram de costas voltadas, antes de abandonarem a Praça do Império, em Lisboa, onde decorriam as celebrações do aniversário da PSP.
Na verdade, os seguidores do Movimento Zero, criado nas redes sociais e do qual fazem parte agentes da PSP e militares da GNR, já estavam de costas quando começou o discurso de Cabrita.
Os polícias, vestidos de camisolas brancas, começaram por virar as costas quando o diretor nacional da PSP, Luís Farinha, tomou a palavra na cerimónia, presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.
Abandonaram o local, a assobiar como forma de protesto e de braços levantados formavam o número zero com os dedos. Quando já estavam a alguns metros do local da cerimónia bateram palmas.
Recorde-se que o Movimento Zero foi criado na sequência da condenação de oito polícias no julgamento do processo da Cova da Moura e dos confrontos entre agentes e moradores no bairro da Jamaica no Seixal. Os polícias e os militares pretendem também protestar contra as condições de trabalho e os baixos salários.
O movimento conta já com cinco mil ‘membros’, entre agentes da PSP e militares da GNR.