Vinte e seis pessoas (para já) faleceram na Somália, na sequência de um ataque do grupo Al-Shabab a um hotel na cidade portuária de Kismayo, com mais 56 a ficar feridas. "Entre os mortos estão três quenianos, um canadiano, um britânico, dois norte-americanos e três tanzanianos. Há ainda dois cidadãos chineses feridos”, revelou este sábado o presidente da região semiautónoma de Jubaland, Ahmed Madobe.
O ataque começou no final da tarde de sexta-feira, quando um carro armadilhado explodiu na entrada do hotel Medina. Os atiradores entraram no edifício e estiveram em confronto com as forças de segurança aí presentes até às primeiras horas da manhã deste sábado. "As forças de segurança agora têm controlo, o último terrorista foi morto”, disse à agência de notícias AFP Abdiweli Mohamed, responsável pela segurança local.
O hotel, que tinha no seu interior principalmente empresários e políticos que estavam na cidade para preparar a eleição do presidente de Jubaland, marcada para o final de agosto, terá ficado quase totalmente destruído pela explosão causada pelo carro armadilhado, bem como por outras munições.
O Al-Shabab opõe-se ao Governo federal da Somália, advogando a imposição da lei islâmica ‘sharia’, e tem levado a cabo vários ataques no país e na região, incluindo no vizinho Quénia, ao longo dos últimos anos. A 14 de outubro de 2017, fez explodir um camião na capital, Mogadíscio, provocando a morte de mais de 500 pessoas, e reclamou ainda a autoria do ataque a um complexo de luxo em Nairobi, capital do Quénia, que matou 21 pessoas no último mês de janeiro. Já em março, 32 pessoas faleceram durante um ataque com um camião-bomba em Mogadíscio.