Atenção à aplicação do momento. FaceApp pode estar a ‘roubar’ os seus dados

Nos últimos dias surgiu no mercado uma aplicação que está a ter um sucesso estrondoso com milhões de downloads.

A aplicação FaceApp tem dominado o top das lojas de downloads da App Store (iOS) e da Play Store (Android), com milhões de pessoas a fazer o download da aplicação e que têm tido um enorme impacto nas redes sociais.

A aplicação permite fazer várias ‘brincadeiras’, desde envelhecer uma cara, um penteado novo, uma cara com óculos, entre outras funcionalidades.

No entanto, e à semelhança de várias apps que estão nestas lojas, o principal ganho está nos dados que são recolhidos quando estas aplicações são utilizadas. E a FaceApp não é exceção.

 

Uma das principais informações pessoais que ficam expostas ao usar a aplicação diz respeito ao histórico de navegação do browser que temos no telemóvel. Ao ler a política de privacidade que está disponível nas informações da app, é possível verificar que ao utilizar esta aplicação os utilizadores concordam em fornecer as fotografias e outros materiais. “Usamos ferramentas de análise de terceiros para nos ajudar a medir o tráfego e as tendências de uso do serviço. Estas ferramentas reúnem informação enviada pelo seu dispositivo ou pelo nosso serviço, incluindo as páginas web que visita, add-ons, e outra informação que nos ajude a melhorar o serviço. Reunimos e usamos esta informação analítica juntamente com informação analítica de outros utilizadores, para que não possa ser usada para identificar qualquer utilizador individual em particular”, diz a política de privacidade.

No entanto a recolha de dados não se fica por aqui. “Quando utiliza o nosso serviço, os nossos servidores registam automaticamente determinadas informações do arquivo de registo, incluindo o seu pedido da Web, endereço IP, tipo de navegador, páginas de referência/saída e URL, número de cliques e a forma como interage com os links no serviço, nomes de domínio, páginas de entrada, páginas visualizadas e outras informações. Também podemos reunir informações semelhantes de emails enviados para os nossos utilizadores, que depois nos ajudam a monitorizar quais emails são abertos e em que links os destinatários clicam”.

No documento onde é apresentada a política de privacidade os seus criadores informa que a informação recolhida serve para “melhorar e testar a eficácia do serviço, desenvolver e testar novos produtos e recursos, monitorizar métricas como o número total de visitantes, tráfico e padrões demográficos, diagnosticar ou corrigir problemas tecnológicos, e para actualizar automaticamente a web”.