Alan Kusz, um indivíduo de 43 anos, violou uma menina de 14 meses e sujeitou-a a uma cirurgia devido aos “ferimentos mais graves” que um pediatra já tinha visto. Condenado a dez anos de prisão pelos factos criminosos cometidos, o escocês adotou a justificação de que a culpada pelos acontecimentos é a mãe da vítima, sua amiga.
A violação ocorreu na habitação da menor em Kilwinning, North Ayrshire, em abril do ano passado. No Supremo Tribunal de Glasgow, o homem afirmou que deparou com a criança a “chorar cheia de dores” quando entrou na residência desta. Porém, o juiz Lord Armstrong não acreditou nas alegações do arguido e declarou-o culpado pelo sucedido após análise de relatórios psicológicos.
Segundo Armstrong, citado pelo tabloide Daily Record, Kusz tem “consciência e empatia limitadas” acerca do sofrimento que provocou à vítima “vulnerável” e criticou-o por continuar a negar os crimes que cometeu. O magistrado acrescentou ainda que o autor dos relatórios anteriormente mencionados lhe explicou que Kusz “não compreende as ofensas que levou a cabo e apresenta um risco significativo de reincidência”. O juiz avançou ainda que, como a sociedade nutre aversão por uma conduta deste cariz, o papel dos tribunais é refletir acerca da mesma e prestar cuidados e proteção a quem é alvo dos abusos dos predadores.
Em tribunal, Armstrong disse também que a menor recuperou da cirurgia mas é “difícil” prever aquilo que o futuro lhe reserva, na medida em que os abusos sexuais afetaram o seu desenvolvimento. “Ela [bebé] manifesta as consequências do trauma físico e psicológico” adiantou.
Para além da pena de prisão, Kusz foi integrado na lista de predadores sexuais.