Depois de já ter estada envolvida no Caso Furacão onde os crimes de fraude fiscal foram perdoados depois de uma multa de milhões, a Loja do Gato Preto está agora relacionada com um esquema de contrabando.
Segundo a informação veiculada pela revista Sábado, para além de contrabando, o esquema conta ainda com a falsificação de documentos, que tem por base importações de utensílios de mesa e cozinha.
Por aquilo que o Mistério Público conseguiu apurar, a empresa é também suspeita de omitir pagamentos a rondar os 412 mil euros. De acordo com a Sábado, a base da investigação são 20 importações de contentores com mercadorias entre a Loja do Gato Preto e uma empresa chinesa.
Esta investigação contou com o apoio do Organismo Europeu de Luta AntiFraude e foi este que confirmou o esquema internacional em janeiro de 2017 numa missão à Malásia. Os contentores com os artigos de mesa eram transportados para o porto de Klang (Malásia) e depois seguiam para Portugal acompanhados “de documentação destinada a fazer crer às autoridades aduaneiras nacionais de que tais produtos eram originários desse país e não da República Popular da China” (informação que consta no mandado de busca do MP citado pela Sábado).
Uma outra investigação, da Autoridade Tributária, garante que “foi possível verificar que existiu um esquema construído e pormenorizadamente organizado de alteração de faturas e documentação por parte da Loja do Gato Preto e do seu fornecedor chinês Choosing com o objetivo de, não só pagar menores taxas de direitos antidumping, como também evitar o pagamento de direitos aduaneiros e consequentemente o IVA sobre esses direitos”.
Os sócios da empresa já se declararam inocentes e alegaram desconhecer o país onde eram fabricados os produtos.