Infantário e instituto superior tiveram de ser evacuados devido a incêndios

Em Carnide, autoridades tiraram pessoas das suas casas e evacuaram infantário e colégio. Em Santarém, o incêndio esteve perto do Instituto Politécnico. Não se registaram feridos.

O incêndio na Azinhaga do Serrado, Carnide, obrigou a que duas dezenas de pessoas abandonassem ontem as suas casas e à evacuação de um infantário e de um colégio.

Ainda que ao final da tarde o fogo já estivesse controlado, a situação chegou a ser crítica: com chamas próximas do antigo centro de saúde e muito perto de várias habitações.

Os ânimos chegaram mesmo a exaltar-se quando os agentes da PSP começaram a pedir aos habitantes para abandonarem as suas casas. Durante a tarde, os bombeiros tiveram ainda de proteger edifícios na área envolvente com jatos de água, especialmente o Teatro de Carnide.

O incêndio terá começado numa quinta com vários animais, tendo sido necessário arrombar um portal para os libertar.

O presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa e o vereador da Proteção Civil da Câmara de Lisboa, Carlos Castro, chegaram ao local ao início da tarde para acompanharem a evolução dos trabalhos.

No pico do incêndio chegaram a estar envolvidas mais de 20 viaturas, quase uma centena de operacionais e três meios aéreos.

 

Incêndios em vários pontos do país

O incêndio em Carnide não foi o único de grandes dimensões no dia de ontem. Em Santarém, um fogo deflagrou por volta da mesma hora numa encosta próxima do Instituto Politécnico, obrigando à evacuação do mesmo. Ainda assim, o comando distrital de operações garantiu que o fogo não representou qualquer perigo para o estabelecimento de ensino, acrescentando que o mesmo só foi evacuado por precaução.

O comandante dos Bombeiros Voluntários da Barquinha, Jorge Gama, afirmou que o vento foi o principal catalisador do fogo. Explicou ainda que houve duas frentes ativas, o que dificultou o trabalho dos bombeiros e dos restantes operacionais.

Este incêndio obrigou ainda ao corte da linha de comboios do Norte nos dois sentidos – restabelecida só ao final do dia, mas com restrições.

No combate estiveram envolvidos quase uma centena de operacionais, duas dezenas de viaturas e quatro meios aéreos. Esta não foi a primeira vez que um incêndio deflagrou naquela zona, havendo registos de outras ocorrências em anos anteriores.

Ao final da tarde, pouco tempo depois de os fogos de Carnide e de Santarém terem sido extintos, um outro deflagrou no município de Loures, numa zona florestal junto ao Loures Shopping. No terreno chegaram a estar perto de meia centena de operacionais, cerca de uma dezena de viaturas e um meio aéreo.

Houve ainda registo de fogos de menores dimensões noutras partes do país, com o Alentejo e o Algarve a registarem menos casos. Segundo informação disponibilizada no site da Proteção Civil, no final do dia estavam empenhados no combate aos fogos mais de 700 operacionais, quase duas centenas de meios terrestres e mais de dez meios aéreos. Até ao fecho desta edição não se registou qualquer ferido.

com Guilherme Anastácio