Annabel Pietrocarlo, de 23 anos, Grace Pietrocarlo, de 31 e Elissa Pietrocarlo, de 41, foram condenadas a uma pena de dois anos de prisão por terem “agredido intencionalmente” o pai, Michael, agora com 71 anos, desde 2002. “Deus disse-nos que ele traía a nossa mãe”: foi este o motivo que as três irmãs nova-iorquinas evocaram para justificar as agressões físicas e psicológicas que duraram 17 anos.
Segundo a procuradoria do condado de Erie, Elissa – cuja alcunha é ‘A Profeta’ – confessou ter recebido variadas mensagens divinas, uma delas onde estava explicitado que o pai era infiel e não respeitava a mãe, Christine, de 66 anos, que apelida de ‘Rainha de Deus’. Apesar de o homem ter sempre negado as acusações de adultério, foi impedido de dormir com a esposa e forçado a passar as noites num sofá na cozinha. No entanto, sublinhe-se que os atos criminosos não foram somente estes: as mulheres espancavam o idoso e exigiam, muitas das vezes, que saísse de casa de madrugada e dormisse nas ruas, tal como se pode concluir através de informação veiculada pelo The Buffalo News.
O auge dos abusos foi atingido a 9 de setembro de 2017 quando Annabel, Grace e Elissa acusaram o idoso de ter denegrido a imagem da mãe online. As irmãs, com o auxílio da progenitora, cercaram a vítima e exigiram que esta lhes desse dinheiro. O homem resistiu, não acedendo às ameaças e acabou por ser asfixiado pela filha mais nova, que lhe roubou 1100 dólares (aproximadamente 981 euros) do bolso das calças.
As agressoras pontapearam o idoso, este caiu ao chão, implorou por ajuda e, sendo desprezado, conduziu até ao Mercy Hospital, em Orchard Park, onde foi tratado por ter uma costela fraturada e o baço magoado. De seguida, telefonou para casa a pedir permissão para regressar e recebeu como resposta o seguinte: “Se voltares, partimos todos os ossos que tens no corpo”.
As agressões continuaram até que um amigo da vítima contactou as autoridades. No passado mês de maio, as irmãs foram consideradas culpadas do crime de agressão e foram condenadas a dois anos de prisão e a três de supervisão após a libertação. Annabel cumprirará mais seis meses por ter roubado o pai. As irmãs não poderão contactar Michael até 15 de julho de 2024. A esposa do ofendido foi absolvida.