“O ácido da minha urina estava a corroer a pele das minhas ancas e do meu cóccix”

Devido ao alcoolismo, Jessica Landon manteve-se deitada, durante um mês, em cima da urina e dos dejetos que fazia

Aos 19 anos, Jessica Landon mudou-se para Los Angeles com o sonho de se tornar uma atriz bem-sucedida. Depois de trabalhar em produções da Nickelodeon, da NBC e do Comedy Central, encontrou trabalho como modelo da revista Playboy, sendo presença assídua nas festas da mansão do empresário Hugh Hefner. No entanto, nunca esqueceu um episódio da sua infância: aos cinco anos, foi abusada sexualmente por uma babysitter. Tentando preencher o vazio e a mágoa que sentia, Landon começou a beber vodka e, aos 26 anos, ingeria-a “24 horas por dia”. Ao Daily Mail, admitiu que transportava a bebida espirituosa em garrafas de água.

Depois de dar entrada em nove centros de reabilitação e estar sóbria durante nove meses, teve uma recaída em 2013. À época, vivia no sótão de um desconhecido e não se alimentava, sendo que, certo dia, tropeçou numa escada e partiu a cabeça. No hospital, a equipa médica informou-a de que tinha “uma hemorragia do tamanho de uma bola de basebol” e que a mesma teria de ser removida cirurgicamente. Contudo, desta vez, a recaída foi pior: dois meses após uma “recuperação milagrosa”, Landon voltou a beber vodka e o seu corpo ficou tão fraco que não se conseguia movimentar. Deste modo, manteve-se deitada, durante um mês, em cima da urina e dos dejetos que fazia. “O ácido da minha urina estava a corroer a pele das minhas ancas e do meu cóccix” confessou a modelo, assumindo que estava “atrofiada” e fez necessidades, no mesmo sítio, durante trinta dias.

Ao aperceber-se do estado preocupante em que se encontrava, a antiga coelhinha da Playboy contactou um ex-namorado e, na manhã seguinte, o mesmo foi buscá-la, aparecendo acompanhado de uma ambulância. Com 35kg e os órgãos a começar a falhar, ficou no hospital durante um mês e não bebe desde 3 de janeiro de 2014.

“Não me sinto orgulhosa do meu passado, a verdade é que estou muito envergonhada do tipo de vida que tinha. Todos os dias, raparigas novas mudam-se para Los Angeles e esperam alcançar uma vida glamorosa em Hollywood, esperam ser mais felizes e ter sucesso. Mas Hollywood está cheia de seres humanos que se sentem ‘menos’ humanos” afirmou Landon que, com 37 anos, trabalha como terapeuta – tendo-se especializado nas adições – e terá o primeiro filho em dezembro. Ao tabloide britânico anteriormente referido, admitiu que espera usar as suas experiências “para evitar que outras pessoas passem pelo mesmo sofrimento”.