Depois dos incêndios que lavraram durante três dias nos concelhos de Vila de Rei e Mação várias foram as polémicas levantadas, nomeadamente no que diz respeito aos bombeiros – uma das mais recentes prende-se com o GRIF de Setúbal (Bombeiros Distritais de Setúbal).
Na última segunda-feira, a página de Facebook Diário De Um Bombeiro partilhava que um autocarro requisitado pelo Câmara Municipal do Barreiro aos Transportes Colectivos do Barreiro (TCB), para fazer o transporte de bombeiros que haviam estado a combater os incêndios nos distritos de Castelo Branco e Santarém, esteve retido, durante uma hora, numa operação STOP da GNR nas portagens de Alverca. Em causa estariam várias anomalias detetadas no veículo.
Na mesma publicação são questionados os motivos que levaram a que fosse enviado aquele autocarro para o transporte, sobretudo depois de os bombeiros terem estado entre 24 a 48 horas no combate aos incêndios.
“O problema é que o autocarro [parado na operação STOP) vem cheio de bombeiros que estiveram 24 e 48 a combater os incêndios de Vila de Rei/Mação… é inadmissível que Câmara do Barreiro mande um autocarro destes para fazer a rendição só porque os bombeiro vêm sujos, muito cansados e sem jantar dos incêndios… até quando?”, lê-se na publicação, que mostra as mensagens enviadas por um bombeiro no local.
“O GRIF de Setúbal esteve 1 hora retido nesta situação, cansados… sem jantar… tudo porque defendemos Portugal dos incêndios e estamos sujos… se fôssemos turistas limpinhos vinha um autocarro topo de gama”, acrescenta.
Contactada pelo SOL, a Câmara Municipal do Barreiro remeteu a informação para os Transportes Colectivos do Barreiro. A empresa confirmou “que uma viatura de turismo dos TCB foi alvo de uma operação STOP efetuada pela GNR-BT junto às portagens de Alverca” e adiantou que foi aberto um processo interno de averiguações.
Questionada sobre a seleção do veículo, a TCB adiantou que é a empresa de transportes que disponibiliza as viaturas, dentro do leque de veículos disponíveis.