Chega o verão, e, regressa a tempestade climatérica e política ao nosso país.
Quais as razões, de tanto alarido, de questionarmos o primeiro-ministro, os secretários de estado, os adjuntos e todas as entidades envolvidas, neste problema de verão.
O problema não é de ‘São Pedro’, estar ou não a fazer o seu trabalho como ‘porteiro’ dos céus, a questão crucial, é maior e, carece de algumas explicações.
Rezar para chover e, rezar para não termos um verão quente, não é suficiente, apesar de sermos um povo de fé.
Não há ninguém no mundo normal, que queira ver a riqueza do nosso país a arder, seja ele político, bombeiro, funcionário da proteção civil, governante, presidente de câmara, presidente de junta de freguesia, etc.
É impensável, culparem o primeiro-ministro, ministro da Administração Interna, os secretários de Estado da administração interna, os presidentes de câmara e presidentes das juntas de freguesia, entre outros.
O primeiro-ministro delega no ministro da Administração Interna, que por sua vez tem que delegar estas funções aos secretários de estado, e estes a outros.
O culpado, é sempre o mesmo, aos olhos do povo, o primeiro-ministro, e em seguida o titular da pasta da Administração Interna.
Foi por essa razão, que ficámos sem uma excelente ministra da Administração Interna, porém, alguém tinha de ‘pagar’ pelos erros…
É preciso prevenir, para tal, é necessário o país fazer um investimento real, é preciso investir em tecnologia de ponta, usar todos os meios possíveis e imaginários de não voltarmos a ter situações como na Ilha da Madeira, em Pedrógão Grande, Leiria, etc.
Na prevenção, temos que usar as tecnologias que são usadas no Norte da Europa, aprender com os países, que são os países modelo, na manutenção das zonas verdes, como a Suécia, Dinamarca, Noruega, entre outros.
Não devíamos voltar a derramar as lágrimas, sobre aquilo que podemos vir a perder, por não termos investido na manutenção e na prevenção dos bens privados e públicos, porque não fomos capazes de pensar como um povo.
Esta é a hora de unirmos os nossos esforços, e, pensarmos em conjunto como ajudar os governantes, os bombeiros, a proteção civil a combater os incêndios e os terroristas.
Os incendiários deviam ser julgados por terrorismo, ninguém quer, nem se deve imiscuir na área da justiça, no entanto, é algo muito grave, e, não deve passar impune.
Não seria razoável deixar de apontar alguns erros dos executivos ao longo dos anos, no entanto, o grande problema prende-se no ‘deixa andar’.
Devemos pensar neste tema 365 dias por ano, e não apenas nos meses de maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro, que é a época propícia para os incêndios. Mas, principalmente devemos aprender, e, apostar em novas formas de prevenção, porque, num combate às chamas só um verdadeiro ‘herói’ o consegue enfrentar e extinguir…