Martyn Evans, de 25 anos, sofria de dificuldades de aprendizagem e síndrome de Asperger – perturbação do desenvolvimento que afeta as capacidades de comunicação e relacionamento. Em outubro do ano passado, decidiu ir a uma festa em Bishopsworth, na cidade britânica de Bristol. Contudo, foi encontrado morto, deitado num sofá, no dia seguinte. As autoridades tiveram acesso a um vídeo captado por uma das pessoas presentes no evento e concluíram que o rapaz estava "semi-consciente" após ter sido sujeito a uma partida humilhante: foi-lhe enfiada uma banana no nariz, viu uma das suas sobrancelhas ser totalmente depilada e foi-lhe deitada lixívia misturada com gel de banho por cima da cabeça. Contudo, sublinhe-se que a perda da vida de Evans não foi associada ao bullying que viveu nem à medicação que tomava para controlar a doença de que sofria.
Segundo informação veiculada pelo Bristol Live, após a autópsia realizada ao cadáver do homem e à investigação realizada, as autoridades britânicas acusaram quatro pessoas dos crimes de ataque e danos corporais: Natasha McDonald, de 26 anos; Patrick Brown, de 30; Leanne Harford, de 25 e Thomas Porter de 27. O juiz James Patrick condenou-os a 18 meses de trabalho comunitário com sessões de reabilitação e afirmou: "Vocês atacaram-no na noite antes da morte. Nenhuma sentença o trará de volta. Quem o amava sentirá a sua ausência para o resto da vida. A causa da morte não foi determinada e não há evidência de que tivessem contribuído para a morte do Martyn. De certa forma, vocês também são vulneráveis".
"Acho que aquilo que eles fizeram foi absolutamente nojento. Ele dispôs-se a uma brincadeira mas ele jamais faria aquilo a alguém. Se ele tivesse acordado no dia seguinte não estaria feliz mas, pelo menos, estaria vivo" revelou a mãe da vítima mortal, Alita, de 65 anos, ao tablóide Mirror. Por outro lado, o procurador James Haskell explicou que cada um dos atacantes "explorou a vulnerabilidade da vítima para o seu próprio entretenimento imaturo" e, ainda que não haja provas de que contribuíram para o fim da vida do rapaz, "o tratamento que lhe deram é vergonhoso". É de realçar que, no vídeo anteriormente referido, os jovens são vistos a rir e a fazer piadas enquanto atacam Evans.
A progenitora de Evans confessou que o adotou quando este tinha sete anos e que, apesar de o início ter sido "desafiante", o rapaz cresceu, estudou ao nível Superior em Stourbridge e estava a viver sozinho num apartamento em Withywood. "Ele estava muito bem. Se não fosse aquela noite, ele estaria vivo" rematou Alita.