O milionário norte-americano Jeffrey Epstein, suspeito de controlar um esquema de tráfico sexual e abuso sexual de menores, foi encontrado sem vida na prisão de Lower Manhattan, onde estava detido desde o dia 6 de julho.
De acordo com o The New York Times, o FBI já está a investigar o “aparente suicídio” do magnata, que estava a aguardar julgamento em prisão preventiva.
Em julho, Jeffrey Epstein já havia sido encontrado no chão, quase inconsciente e com marcas no pescoço. Na altura acreditava-se que este tinha tentado o suicídio. O caso aconteceu depois de o milionário receber documentos legais nos quais uma adolescente de 15 anos denunciava ter sido violada por si na sua mansão. Poucos dias antes, o juiz tinha negado o pedido do magnata para ser colocado em prisão domiciliária.
Acusado de tráfico sexual de menores, Epstein podia ser condenado a prisão perpétua.
O milionário tinha criado, há mais de uma década, uma rede para abusar de dezenas de raparigas na sua mansão de Nova Iorque, e numa outra que se situa na Florida.
As autoridades obtiveram várias mensagens, reveladas pelo New York Post, que eram enviadas a Epstein
"Ele tem uma professora para te ensinar a falar russo (…) Ela tem 2 X 8 [16] anos e não é loira. As aulas são gratuitas e podes ter a 1ª hoje se ligares ”, referia uma das mensagens.
O milionário já havia enfrentado acusações semelhantes na Florida. No entanto, em 2008 alcançou um acordo extraoficial com a procuradoria para o fim da investigação. Cumpriu 13 meses de prisão e alcançou um acordo económico com as vítimas.
Este acordo foi supervisionado pelo então procurador de Miami, Alexander Acosta, que foi posteriormente nomeado secretário do Trabalho pelo Presidente dos EUA Donald Trump, e que foi forçado a renunciar do cargo devido às críticas emitidas na sequência da nova detenção de Epstein.