Os contentores ecofriendly, localizados num jardim de um prédio na zona de Marvila, em Lisboa que se encontravam disponíveis para arrendar no OLX e no Imovirtual por 600 euros causaram bastante polémica nas redes sociais. Agora, a autarquia já veio a público informar que a obra é ilegal e ordenou a remoção "imediata" dos contentores, que já tinham sido alugados a estrangeiros.
Depois de receberem várias queixas, os fiscais da câmara municipal deslocaram-se até aos contentores e consideraram a obra ilegal. Apelidaram a situação de um "caso único", em declarações ao Diário de Notícias. "O terreno é privado e as estruturas são ilegais por não terem sido precedidas do respetivo licenciamento nos serviços de urbanismo da CML, estando em causa condições de habitabilidade e de segurança/acesso ao local".
O responsável pela empresa dos ecotainers, João Mendonça declarou esta tarde não entender a polémica. "Trata-se de um conceito do norte da Europa que até há em Espanha. Em Amesterdão, por exemplo, há mais de dois mil. São contentores com uma pegada de carbono bastante reduzida e uma boa solução, uma vez que Portugal está com tantos problemas de habitação”, referiu João Mendonça ao Notícias ao Minuto.
A autarquia já intimou o proprietário do terreno "à remoção imediata dos contentores, demolição da rede de infraestruturas e a imediata cessação de utilização com abertura de processo de contraordenação". Um processo será aberto contra este por utilização indevida da sua propriedade. A coima pode ir desde os 1500 euros a mais de 200 mil euros.
Depois da situação, João Mendonça voltou a frisar que este é um conceito "muito utilizado no Norte da Europa" e em Espanha e na Holanda e que a empresa inglesa Portcompany quis trazer o conceito também para Portugal. Ao pesquisar na internet pela empresa é possível comprovar que esta existe, no entanto, não está relacionada com nenhum tipo de ecotainers, como foi mencionado por João Mendonça.
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