Parece que não foi só uma vez que o Presidente Donald Trump mostrou interesse em comprar a Gronelândia, segundo fontes da CNN. A notícia foi avançada na quinta-feira pelo Wall Street Journal, que reportou que Trump levantou o assunto por diversas vezes em reuniões e jantares com conselheiros, perguntando-lhes sobre quais seriam as vantagens de adquirir a ilha.
Só que o território autónomo dinamarquês não está interessado. O Governo ainda piscou o olho a futuras parcerias económicas com os Estados Unidos, mas insisitiu que a ilha em si não estava no mercado. «A Gronelândia é rica em recursos valiosos, em minerais, tem a água mais pura do mundo, grandes stocks piscatórios e de marisco, fonte de energia renovável e um novo lugar para o turismo radical. Estamos abertos a negócios. Não estamos à venda», disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da ilha, num comunicado partilhado nas redes sociais.
Não é a primeira vez que um Presidente norte-americano contempla comprar a Gronelândia. Já Harry Truman tinha manifestado o interesse em adquirir a ilha e no século anterior, em 1867, o secretário de Estado William Seward sondou a Dinamarca nesse sentido.
A ilha alberga uma base aérea norte-americana, a Thule, localizada 1200 quilómetros acima do círculo Ártico, a mais a norte do globo, construída em 1951. Nela, os norte-americanos têm um radar com um sistema de deteção de mísseis com um alcance de milhares de quilómetros, até o território russo.