Mary Staud, de 25 anos, natural do Estado norte-americano do Texas, tentou perder a virgindade no dia do casamento com James Staud, de 26. Corria o ano de 2014 e foi incapaz de manter relações sexuais com o marido porque sentia que a vagina era "uma parede de tijolos". Desconhecendo o motivo pelo qual sentia uma dor insuportável durante a penetração, agendou uma consulta e o diagnóstico foi vaginismo: trata-se da contração involuntária dos músculos em redor da abertura da vagina, durante qualquer atividade sexual, sendo que habitualmente não existem anomalias nos órgãos genitais. Após receber esta notícia, a jovem compreendeu aquilo que a levou a ficar com um tampão preso , quatro anos antes, tendo que ser removido cirurgicamente.
Cansada de se sentir "um pacote incompleto, meia mulher, uma esposa inútil", a babysitter, instrutora de ginásio e cristã devota procurou a ajuda de um fisioterapeuta, tal como foi noticiado pelo Daily Mail. No ano passado, consumou o seu casamento e espera, um dia, ter filhos. "Tornei-me ansiosa por causa do sexo. Fiquei deprimida e abusei da comida e do álcool" confessou, acrescentando que a frustração e a raiva que nutria pelo seu próprio corpo, tal como por Deus, a fizeram pensar que não valia a pena lutar mais. "Não me preocupei com o vaginismo. Fumei, bebi, comi muito e, lentamente, tive de me tornar grata por aquilo que o meu corpo consegue fazer e por me abençoar há tanto tempo" admitiu, adicionando também que nunca pensou que fazer sexo fosse "impossível": "a dor era insuportável", revelou ao tablóide britânico anteriormente referido.
Em agosto de 2018, o fisioterapeuta recomendou que fizesse exercícios para relaxar os músculos pélvicos assim como ensinou a Staud técnicas de respiração para que se mantivesse calma. "A nossa vida sexual é incrível. Sinto-me confiante tal como uma mulher se deve sentir com a pessoa que ama" disse, afirmando que nem todas as pessoas compreenderam a doença de que padecia: "a minha mãe dizia para eu beber um copo de vinho antes de fazer sexo mas obviamente que esses conselhos não me ajudaram".
Atualmente, a rapariga ainda sofre de algumas dores mas tenta ultrapassá-las assim como o preconceito que se cria em redor do vaginismo: "Não tenham medo de pedir ajuda e de falar. Existem histórias de terror de mulheres que experienciam uma dor horrível mas têm medo de conversar com o médico ou o parceiro. Quando percebi que sofria desta patologia, senti-me perdida e sozinha, como se tudo fosse novo. Fazia muito sexo mas, agora, faço uma vez por semana" expôs.