No meio de um número recorde de incêndios que se arrastam pelo Brasil inteiro, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, mergulha na impopularidade.
De acordo com as sondagens do Instituto MDA e da Confederação Nacional do Transporte (CNT), realizadas entre 22 e 25 de agosto, o Governo brasileiro tem uma avaliação negativa de 39,5%. Ou seja, dois quintos dos brasileiros avaliam o desempenho do Governo como “mau” ou “péssimo”. Em fevereiro, mês em que a CNT e a MDA tinham feito a última sondagem, esse índice era de apenas de 19%. Outros 29,4% avaliam-no como “positivo” e os restantes 29,1% como “regular”.
Por outro lado, instados a responder sobre a atuação pessoal do Presidente, mais de metade dos entrevistados desaprovam a conduta de Bolsonaro: 53,7%, contra 41% dos entrevistados que aprovam. É uma viragem brusca no índice de desaprovação, pois há oito meses era de apenas 28,2%: um crescimento de 25%. Já a taxa de aprovação era de 57%.
Os entrevistados consideram, também, que Bolsonaro não está a cumprir o que prometeu durante a campanha eleitoral, em 2018. Apenas 9,5% disseram estar satisfeitos e 45,4% responderam que o Presidente cumpre em parte os compromissos feitos antes de chegar ao Planalto.
A sondagem revela ainda que uma das bandeiras do Governo de Bolsonaro, a Reforma de Previdência (segurança social), é bastante impopular. Quase 60% estão contra a medida conduzida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
No reverso, os brasileiros acreditam que as áreas em que o Governo tem sido mais bem sucedido são o combate à corrupção e reforço da segurança, as matérias sobre as quais Bolsonaro mais se tem debruçado.
No meio do terramoto ecológico que a Amazónia está a sofrer, 93,5% dos brasileiros consideram que é “muito importante” preservar o meio ambiente. Só 5,5% dizem ser “pouco importante”.