No primeiro dia de setembro, o Hospital de Braga deixa de funcionar como Parceria Público Privada (PPP) do grupo José de Mello Saúde e passa para a esfera pública. Esta semana, decorreram reuniões entre o novo conselho de administração e a entidade que vai cessar funções na unidade que irá integrar o Sistema Nacional de Saúde. Marta Temido, ministra da Saúde, disse à saída do encontro de quinta-feira que «as reuniões de trabalho têm decorrido com naturalidade desde o início do ano». O acordo de parceria entre o Estado e o grupo José de Mello Saúde foi assinado em 2009, na legislatura de José Sócrates.
Em dezembro do ano passado, Marta Temido anunciou a decisão do fim da parceria, que, segundo a ministra, irá manter no hospital os mesmos funcionários e médicos. «A informação que temos é que a grande maioria fez essa opção», garantiu.
Relativamente aos tratamentos de patologias como o VIH e esclerose múltipla, Marta Temido assegurou que a assistência aos doentes não está em causa, rejeitando a existência de qualquer problema: «O Hospital de Braga garante que a segurança dos doentes que recorrem aos cuidados de saúde está salvaguardada». «O número de profissionais de saúde do Serviço de Urgência, nomeadamente enfermeiros, é o necessário para assegurar os cuidados à população», acrescentou.
Recorde-se que um dos motivos que acelerou o processo da passagem da PPP para o público foi a recusa do pagamento de tratamento de esclerose múltipla e VIH pelo Estado. A propósito deste assunto, Marta Temido fez saber que «existe uma decisão do Tribunal Arbitral» e, sem adiantar valores, disse que «foi decidido que assistia parcialmente razão a cada uma das partes».