A interdição das praias fluviais de Merelim São Paio (Braga) e do Faial (Vila Verde) já foram levantadas, esta sexta-feira, na sequência das análises realizadas quarta-feira já não acusarem a presença da bactéria E.Coli nas águas do Rio Cávado.
Segundo revelaram ao Sol os vereadores do Ambiente das Câmaras Municipais de Braga e de Vila Verde, Altino Bessa e Patrício Araújo, respetivamente, essa interdição já foi levantada hoje, tendo sido retirada a bandeira vermelha e já é possível desfrutar das águas.
Mas Patrício Araújo esclareceu também que “não se tratou de uma interdição, mas sim de um desaconselhamento temporário, por questões cautelares, que é muito diferente de uma interdição”.
Por seu lado, Altino Bessa, vereador da Câmara Municipal de Braga, já tinha adiantado que pela sua experiência, a situação teria sido originada por "descargas ilegais que alguém fez, aproveitando as chuvas, para um dos braços do Rio Homem, que desagua no Rio Cávado”, explicando que “foi verificada a presença desta bactéria nesta praia de Merelim São Paio, em Vila Verde também, mas nas praias acima, a montante daquele braço do Rio Homem, já não”.
“Ninguém conseguiu perceber ainda a origem, ao certo, da descarga que provocou assim a interrupção de anteriores resultados excelentes, bons resultados, interrompidos por uma situação isolada, que não coloca desse modo em causa a excelência e a qualidade que são as caraterísticas dominantes daquela zona balnear do Rio Cávado”, disse por seu turno, Patrício Araújo, vereador da Câmara Municipal de Vila Verde.
A bactéria E.Coli foi detetada “numa das análises que a autarquia faz todas as semanas” às aguas das suas praias fluviais, segundo informou ainda Altino Bessa.
Nas imediações de ambas as praias, quase em frente uma da outra, só que nas margens opostas do Rio Cávado, com a ponte românica pelo meio, que liga Braga a Vila Verde, a partir da Vila de Prado, vários residentes na zona apontam em uníssono o dedo acusador a uma vacaria de Vila Verde que terá lançado dejetos de animais, adicionados com lixívia, situação que ainda não está confirmada, aguardando-se pelas investigações do SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente) da Guarda Nacional Republicana.