Camille Wasinger-Konrad, de 25 anos, deu à luz na casa de banho da sua residência, a 2 de janeiro do ano passado, e de imediato atirou a recém-nascida por cima de uma vedação. Sublinhe-se que o cordão umbilical ainda estava ligado à barriga da menina que foi encontrada por uma vizinha, Jeanette Barich, aproximadamente 15 horas depois. A mulher contactou as autoridades pelas 21h48 pois encontrou a vítima no seu pátio, em Highlands Ranch, no estado norte-americano do Colorado. Doze minutos depois, os agentes da polícia do condado de Douglas dirigiram-se à morada e descobriram a criança morta.
Enquanto investigavam, os agentes depararam com uma cortina de chuveiro ensaguentada na casa de Wasinger-Konrad. Por outro lado, o senhorio da homicida explicou às forças de segurança que limpou "grandes quantidades de sangue" na casa onde aquela tinha arrendado um quarto mas "não fazia ideia" de que esta estava grávida. A verdade é que, aos detetives, a jovem também disse que desconhecia que estava à espera de um bebé até ao momento em que deu à luz: mas uma das colegas de trabalho da rapariga, num supermercado King Soopers, revelou que a mesma pediu um horário "mais leve" por estar grávida.
"De todas as emoções relativas aos primeiros momentos mágicos da vida de alguém, de todos os momentos de carinho que as progenitoras partilham com as vidas frágeis que geraram, sufocar uma recém-nascida e deixá-la morrer é impossível de entender" esclareceu o procurador George Brauchler, questionando igualmente: "Quem somos nós enquanto povo que uma pessoa menospreza completamente uma vida inocente que ela mesma criou? Isto é nojento" como se pode ler num comunicado divulgado na plataforma online da procuradoria de Douglas.
"Simplesmente livrei-me daquilo" rematou a criminosa, sendo que a procuradora Valerie Brewster referiu que a mesma "tapou a boca da filha para silenciar o seu choro, cobriu-a com um cobertor e atirou-a por cima da vedação de quase 2 metros e 50 centímetros", acrescentando que a bebé "morreu ao frio sem ter a dignidade de receber um nome sequer". Na ótica do xerife Tony Spurlock, a condenação de Wasinger-Konrad "será a prova de como se acredita no sistema judicial". Sublinhe-se que, desde 2000, existe uma lei no Colorado que permite a um progenitor entregar um recém-nascido, nas 72 horas posteriores ao seu nascimento, num quartel de bombeiros ou num hospital sem necessidade de justificar a sua decisão.
Acusada do crime de homicídio de uma criança com idade inferior a 12 anos, a mulher irá a julgamento no próximo dia 15 de novembro. Os magistrados apontam para a pena de prisão perpétua.