As buscas no Rio Minho visando encontrar o jovem triatleta de Barcelos desaparecido desde domingo, ao largo de Vila Nova de Cerveira, no Alto Minho, continuarão até sexta-feira, mas a nova estratégia passará por incidir as operações à superfície e apeadas nas margens, reduzindo o número de mergulhos de ambas as margens, dos lados português e espanhol.
Com a possibilidade de os mergulhos previstos para o início da manhã desta quarta-feira poderem ser os últimos, o número de operacionais descerá de cerca de 60 para entre 50 e 40, adiantou ao i ao fim da tarde de hoje o comandante da Capitania do Porto de Caminha, capitão-tenente Pedro Cervaens, fazendo o ponto da situação, em Vila Nova de Cerveira.
“Hoje realizaram-se durante três horas operações de mergulho em 15 locais identificados como necessários para investigar”, explicou aquele oficial superior da Armada, que é por inerência o comandante-local da Polícia Marítima e tem vindo a comandar as operações, com elementos da Guardia Civil, dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Cerveira e da Guarda Nacional Republicana, incluindo mergulhadores, de ambos os países ibéricos.
Rafael Sá, de 23 anos, residente na freguesia de Viatodos, concelho de Barcelos e distrito de Braga, desapareceu ao princípio da tarde deste domingo quando fazia a nado a travessia do Rio Minho, durante o XII Triatlo da Amizade Cerveira-Tomiño, concelhos vizinhos do Minho e da Galiza. Segundo o comandante Pedro Cervaens, apesar de “ser encurtada a janela, será sempre mantido o esforço a nível de operacionais até sexta-feira no que se refere às buscas de superfície e apeadas”, para tentar encontrar o jovem triatleta.
Os atletas teriam de fazer o percurso de 750 metros no rio Minho, num evento organizado pela Câmara de Vila Nova de Cerveira, Concello de Tomiño, Federação Portuguesa de Triatlo, Federacion Galega de Triatlon e Pedal”Arte, até se dar o seu desaparecimento, deixando em estado de choque os familiares, os amigos e os companheiros de Rafael Sá, que continuam em Vila Nova de Cerveira, a acompanhar os trabalhos das autoridades de socorro, encontrando-se ainda no local um psicólogo, da Autoridade Marítima Nacional.