Júlio Isidro anunciou, esta sexta-feira, ter sido submetido a uma cirurgia para remover um aneurisma na aorta, com 5,9 centímetros. O caso ocorreu no passado dia 3 de setembro, mas o apresentador de televisão só partilhou com o público a situação, dias depois, através das redes sociais, através de um longo texto, que relata a conversa entre Júlio Isidro e o seu médico.
Na publicação, intitulada "dizer que sim à vida", o apresentador de televisão assume que já sabia do diagnóstico ha quatro anos, no entanto, o aumento do aneurisma obrigou-o a realizar uma intervenção cirúrgica para o remover. Recorda que quando descobriu a existência do aneurisma, pela primeira vez, estava numa fase muito atarefada e importante da sua vida. "A minha biografia estava para sair, um balanço de vida, a RTP Memória dava-me a oportunidade de estar em televisão e ser respeitado após tantos desrespeitos que tive que engolir em silêncio durante anos", conta.
Na mensagem, o apresentador sublinha que preza muito a sua vida e por isso quando foi avisado sobre o "assassino silencioso" que tinha dentro de si, decidiu submeter-se à cirurgia. "A minha vida não é morrer. Tenho duas filhas a crescer ainda mais e uma mulher que é o euromilhões da minha existência. E os aviões, e os livros, e viagens e alguns amigos", conta.
De acordo com a explicação do especialista relatada por Júlio, foi colocada "uma prótese com quatro ramos por dentro da aorta na zona do aneurisma, para que a circulação [do sangue] se passe a fazer através dela". O apresentador de televisão menciona ter sido muito bem tratado e agradece o trabalho do cirugião António Gonzales.
Agradece também a presença da mulher e das filhas mas diz não querer recordar muito os tempos da intervenção cirúrgica "Elas estavam junto a mim quando na cadeira de rodas me conduziram para o bloco. Sorríamos todos de olhos molhados", revela.
Júlio Isidro termina a nota dizendo que já está em casa e que vai reunir com Gonçalo Madail, da direção de Programas da RTP, dando a entender que quer continuar com o seu trabalho no pequeno ecrã. "Dizer que sim à vida, dizer que não à morte, dizer na despedida que o tempo é o mais forte".