Madrasta de Gabriel pede perdão à família do menino. “Espero que Deus me perdoe”

Ana Julia Quezada é a autora confessa do homicídio de Gabriel

Ana Julia Quezada, acusada do homicídio do seu enteado de oito anos, pediu perdão à família de Gabriel, à sua família e a toda a Espanha pelas suas ações.

Esta terça-feira, durante a fase final do julgamento, que começou dia 9 de setembro e termina amanhã, dia 18, a mulher, de nacionalidade dominicana, usou o seu direito de uso de palavra para se desculpar.

"Bem, em primeiro lugar, quero pedir perdão aos familiares de Gabriel e a todas as pessoas a quem possa ter magoado com as minhas ações", começou por dizer Ana Julia, citada pelo jornal El Mundo.

"Quero também pedir perdão à minha filha e a toda a minha família, e a toda a gente que possa ter ficado mal com o que fiz. Em geral, a toda a Espanha e espero que Deus me perdoe", acrescentou a mulher, que continua a defender a tese de homicídio involuntário.

Recorde-se que o caso remonta a fevereiro do ano passado, quando Gabriel Cruz foi, inicialmente, dado como desaparecido, tendo sido visto pela última vez perto da casa da avó em Almería, na região de Andaluzia.

Mais tarde, ficou a saber-se que foi Ana Julia Quezada quem levou o menino até um local isolado, onde o terá matado e enterrado.

Sublinhe-se que a madrasta chegou a participar nas buscas e a deixar pistas falsas, acabando por ser apanhada ao mudar o corpo de criança do local.

A autópsia revelou que Gabriel morreu asfixiado por estrangulamento no dia em desapareceu.

Agora, Ana Julia Quezada poderá tornar-se na primeira mulher a ser condenada a prisão perpétua em Espanha.