O reembolso, entretanto aprovado pelo Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, surge em sequência da líquidação – em 10 de dezembro de 2018 – de 4,7 milhões de euros ao FMI – Fundo Monetário Internacional, o que permitiu uma poupança de 1,92 mil milhões de euros, dado ser esse o empréstimo mais oneroso para os cofres públicos.
Recorde-se que, na operação de resgate financeiro ao nosso País, o montante concedido pelo FMI, situou-se nos 26,3 mil milhões de euros, sendo os restantes 51,6 mil milhões divididos entre o Fundo Europeu de Estabilização Financeira e o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, o que totalizou 77,9 mil milhoes de euros.
Liquidados que estão os 26,3 mil milhões, provenientes do FMI, Portugal tem vindo a aproveitar a melhoria conjuntural dos mercados – emitindo nova dívida – de forma a reembolsar montantes associados a juros mais elevados, preparando-se agora para ressarcir, por antecipação, os credores europeus.
A governação socialista tem, desta forma, pugnado por libertar o País da dívida cara.
Em nome das boas contas, não está, também, excluída a possibilidade de ocorrem mais antecipações. Todavia, essa equação terá de ter em conta as condições do mercado, evolução do rating e, obviamente, a almofada financeira do Estado.
Caso se concretizem, os pagamentos antecipados vão alisar o calendário que Portugal deverá cumprir – num ciclo extremamente exigente – que só abrandará após 2025.
Enquanto isso, o País financeiro mantém-se espectante pelas novas apreciações internacionais sobre a dívida soberana.
Certo, certo é que, bem recentemente, a Standard & Poor's elevou a nossa perspectiva – de estável para positivo. No dia 4 de outubro, cumpre à DBRS dar voz à sua análise, para que todos possamos – com autoridade e informação privilegiada – perceber que, no capítulo económico e das finanças públicas, Portugal e os portugueses têm tido um desempenho excecional.