O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, abordou vários tópicos sobre o clube, durante uma entrevista à TVI, esta terça-feira, incluindo o processo E-Toupeira. Depois do Tribunal de Relação de Lisboa ter decidido não levar a SAD do Benfica a julgamento, o presidente do clube afirma ter ficado muito satisfeito com a decisão. “Sou daqueles que acredito cegamente na Justiça e o que foi feito foi ilibar o Benfica de todas as coisas”, declarou.
Quando questionado sobre o que pensa sobre o ex-assessor jurídico do clube, Paulo Gonçalves, ser julgado neste processo, Vieira defende o "amigo" e diz acreditar que a Justiça irá considerá-lo inocente. "Estou muito convencido de que não será penalizado. Acho que não [colocou em causa o bom nome do clube]”, disse.
Recorde-se que o Tribunal da Relação de Lisboa considerou que a SAD benfiquista não deverá ir a julgamento pelas ações criminosas de Paulo Gonçalves. Luís Filipe Vieira mostrou o seu amor à Justiça e sublinhou que "se o Benfica alguma vez for condenado por corrupção, peço a demissão", prometeu. "O Benfica ganhou dentro do campo. Aquilo que [alguns clubes] fizeram fora das quatro linhas é miserável”, acusou.
Durante a entrevista, o presidente benfiquista falou ainda sobre algumas das transferências mais recentes. A aquisição de Raúl de Tomás, comprado por 20 milhões de euros ao Real Madrid foi um dos pontos abordados. O facto do avançado ainda não ter marcado nenhum golo não parece preocupar Luís Filipe Vieira. “O jogador tem um passado, todos sabem que é um goleador. A equipa de I foi unânime em contratar o jogador. Há-de marcar um dia"
A polémica venda de João Félix ao Atlético de Madrid por 120 milhões de euros, apesar de elevada, não é suficiente para reduzir o passivo do clube, no entanto, o presidente garante que as contas estão "controladas".
Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica há 16 anos, garante que se vai voltar a candidatar para mais um mandato e diz querer cumprir 20 anos à frente dos encarnados. Além disso, Vieira garante que quando passar o testemunho pretende entregá-lo "com património liquidado e sem dívidas", conclui.