Os farmacêuticos dos hospitais públicos vão passar a ter acesso aos registos clínicos eletrónicos dos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O protocolo vai ser assinado, esta quinta-feira, pela Ordem dos Farmacêuticos e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
Os profissionais em causa passam então a ter acesso ao sistema “SClinic”, utilizado nos hospitais, e que pretende uniformizar a informação clínica recolhida nas várias instituições de saúde pelas quais os utentes passam.
O acesso à informação clínica pode ainda ser “essencial para evitar possíveis erros de medicação, através da verificação de interações”, acrescentou a Ordem dos Farmacêuticos em declarações à agência Lusa.
Assim, a interação de medicamentos ou de dosagens pode ser “controlada” pelos farmacêuticos do SNS. Segundo o Jornal de Notícias apurou junto de uma fonte oficial da Ordem dos Farmacêuticos, há já alguns farmacêuticos que, nalguns hospitais, já terão este acesso, “sendo, contudo, uma prática pontual e não institucionalizada”.
Esta quinta-feira assinala-se o Dia Nacional do Farmacêutico. Os profissionais de saúde terão que ter formação para desenvolver competências digitais e serão obrigados a cumprir um protocolo de confidencialidade, não podendo, por isso, partilhar qualquer informação a que tenham acesso.